

Brigitte Bardot publica livro abecedário com suas definições escritas à mão
"A liberdade é ser você mesmo, mesmo quando incomoda", declara Brigitte Bardot no prólogo do livro "Mon BBcédaire", no qual ela dá sua opinião, muitas vezes incisiva, sobre o mundo em definições escritas à mão.
Em "Mon BBcédaire", um trocadilho entre abecedário e as iniciais da famosa atriz, Bardot escreve algumas linhas, com sua própria caligrafia, sobre palavras selecionadas, lugares e personalidades que conheceu.
De acordo com a editora Fayard, que publica a obra que chegará às livrarias da França na quarta-feira (1), trata-se de "uma imersão na personalidade de uma mulher que marcou sua época por sua independência, engajamento e audácia".
Da A de abandono ao Z de zoológico, Bardot, 91 anos, desdobra conceitos e nomes que a marcaram.
A atriz declara seu amor por Jean-Paul Belmondo, um "cara formidável, ator genial, engraçado e corajoso", mas opina que Alain Delon "carrega em si o melhor e o pior".
Sobre Marcello Mastroianni, afirma que, apesar "encantador", era "um bom ator, embora não fosse genial ou contasse com uma autêntica personalidade inesquecível".
No erotismo, a intérprete, descoberta no filme "E Deus Criou a Mulher", vê "jogos de amor onde tudo é permitido com imaginação, perversidade obscura e malícia amorosa".
Também menciona a famosa cidade de Saint-Tropez, onde comprou uma casa, "La Madrague", e lamenta que este "lindo pequeno vilarejo de pescadores" tenha se tornado "uma cidade de milionários onde já não se reconhece nem um pouco seu charme".
A ativista defensora dos animais também considera que a França se tornou "sombria, triste, submissa, doente, danificada, devastada, ordinária, vulgar...".
A direita é o "único remédio urgentíssimo para a agonia" de seu país, acrescenta a artista, que declarou sua afinidade com a política de extrema direita Marine Le Pen.
Bardot, muito discreta na imprensa, publicou em 1996 suas memórias, "Iniciais BB".
F.W.Simon--LiLuX