

Vigília pede libertação de presos políticos na Venezuela
Dezenas de pessoas fizeram nesta quarta-feira uma vigília em frente à sede do Ministério Público (MP) em Caracas, para pedir a libertação de presos políticos, um dia após a Anistia Internacional (AI) denunciar um aumento dos desaparecimentos forçados após as eleições presidenciais de 2024 na Venezuela.
Protestos eclodiram no país após a reeleição do presidente Nicolás Maduro, em 28 de julho, em meio a denúncias de fraude. Os distúrbios deixaram 27 mortos e 2.400 detidos, segundo números oficiais.
Familiares pediram na vigília uma revisão dos casos dos detidos, para que eles sejam soltos, como já ocorreu com cerca de 1.900 pessoas. O MP prometeu realizar uma reunião na próxima terça-feira.
"Temos que pressionar (...) Que nos deem uma resposta mais concreta e segura, porque, se não houver uma até terça-feira, voltaremos a nos unir", disse Sorangel Arguinzones, que pede a libertação de seu filho Jesús Jiménez, 25, detido em Mérida há 11 meses.
O jovem está em uma das prisões que abrigam manifestantes, acusados de "terrorismo". Ele trabalhava para a polícia científica e Sorangel afirma que ele é inocente.
"Meu irmão diz que nunca participou de coisas políticas", contou, por sua vez, Karina Martínez, cujo irmão Daniel está preso desde janeiro, após a posse de Maduro.
A AI denunciou ontem um aumento dos desaparecimentos forçados após as eleições presidenciais. Dos 15 casos registrados no último ano, 11 "seguem com situação e paradeiro desconhecidos". Eles envolvem pessoas de nacionalidade colombiana, espanhola, americana, ucraniana, uruguaia e venezuelana.
Y.Wagener--LiLuX